Prefeitura move ação contra influenciador e Meta após boatos que afetaram turismo e economia da cidade
A Prefeitura de Ubatuba ingressou com uma Ação Civil Pública contra o influenciador Bruno Brunetti e a empresa Meta Platforms Inc. (controladora do Facebook e Instagram), em resposta à divulgação de informações falsas sobre uma suposta contaminação nas praias do município.
A medida judicial, protocolada no último dia 11, é uma reação às fake news envolvendo a Praia do Perequê-Mirim, onde Brunetti publicou vídeos com alegações infundadas sobre uma “bactéria necrosante” no mar. O conteúdo viralizou nas redes sociais, gerando pânico, prejudicando a imagem da cidade e provocando impactos diretos no turismo local, principal motor da economia ubatubense.
“Estamos diante de um caso gravíssimo de desinformação que ultrapassa o limite da liberdade de expressão. O Município tem o dever legal e moral de defender sua população, sua imagem e sua economia”, afirmou o secretário de Assuntos Jurídicos, Álvaro Marton Barbosa Junior.
O que a Prefeitura pede na Justiça:
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Remoção imediata dos conteúdos falsos;
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Proibição de novas publicações semelhantes;
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Retratação pública com o mesmo alcance das postagens ofensivas;
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Indenização por dano moral coletivo.
A administração também denuncia a omissão da Meta, que não retirou o conteúdo do ar mesmo após notificação extrajudicial.
Provas apresentadas pela Prefeitura:
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Laudos da CETESB que atestam a boa qualidade da água no Perequê-Mirim;
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Relatórios da Vigilância em Saúde, que não registraram nenhum surto ou caso suspeito;
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Dados da Secretaria de Turismo apontando queda no número de visitantes, redução na arrecadação e o pior impacto desde a pandemia.
Protocolo municipal de combate à desinformação
A Prefeitura de Ubatuba também criou um protocolo oficial de resposta a fake news, com atuação coordenada entre as secretarias de Assuntos Jurídicos, Comunicação, Turismo e Saúde. O objetivo é agir com agilidade em novos casos de ataques à imagem institucional.
A estratégia está baseada em três pilares:
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Resposta institucional imediata e transparente;
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Ações legais contra os responsáveis e plataformas;
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Campanhas educativas sobre checagem de fatos e uso consciente da informação.
“A desinformação hoje tem impacto direto na vida das pessoas e não pode ser tratada com normalidade”, reforçou Álvaro Marton.
Fonte: PMU
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