Trabalhadores da Panasonic aprovam estado de greve por PLR maior em São José dos Campos

Proposta da empresa foi rejeitada em assembleia unificada; Sindicato cobra nova negociação

Os funcionários da fábrica da Panasonic, localizada na zona sul de São José dos Campos, decidiram entrar em estado de greve nesta quarta-feira (21) após rejeitarem a proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) apresentada pela empresa.

A medida foi aprovada em assembleia unificada conduzida pelo Sindicato dos Metalúrgicos, e representa o primeiro passo rumo a uma possível paralisação.

Proposta da Panasonic foi considerada insuficiente

A empresa propôs o pagamento de R$ 8 mil de PLR, dividido em duas parcelas: uma em junho deste ano e outra em janeiro de 2026. No entanto, o valor foi considerado baixo pelos trabalhadores, especialmente se comparado ao montante pago no ano passado, que foi de R$ 7.200.

Além disso, os metalúrgicos cobram um aumento mais expressivo no vale-alimentação, atualmente fixado em R$ 360. A Panasonic sugeriu reajustá-lo para R$ 400, mas apenas a partir de outubro. Os trabalhadores exigem que o novo valor comece a valer imediatamente.

Estabilidade no emprego também está na pauta

Outro ponto de impasse é a estabilidade no emprego. A proposta da empresa prevê um período de apenas 30 dias após a assinatura do acordo, o que também foi considerado insuficiente pelos operários.

Até o momento, a diretoria do Sindicato já realizou duas reuniões com representantes da Panasonic e aguarda uma nova contraproposta.

— Os trabalhadores tinham uma expectativa maior em relação à PLR. A Panasonic tem plenas condições de melhorar a oferta. Caso a empresa não avance na negociação, a greve será inevitável, afirmou Cristiano de Souza, diretor do Sindicato.

A unidade da Panasonic em São José dos Campos emprega cerca de 350 pessoas e é responsável pela produção de pilhas e baterias.

Fonte: sindmetalsjc.org.br

Foto: Cristiane Cunha

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