Em uma assembleia realizada na última terça-feira (29), os trabalhadores da Avibras, em greve desde setembro de 2022, definiram a pauta de reivindicações para o novo proprietário da empresa. A venda, anunciada pela Avibras em comunicado interno no dia anterior, prevê a transferência do controle da maior indústria bélica do país para um investidor brasileiro. No entanto, o nome do comprador permanece não divulgado, e a finalização da transação depende de certas “condicionantes”.

A Avibras enfrenta uma dívida trabalhista extraconcursal de aproximadamente R$ 327 milhões e acumula 19 meses de salários em atraso. O número de funcionários caiu de 1.400, em 2022, para 924. Além de salários atrasados, os trabalhadores estão sem plano de saúde, FGTS e pagamento do INSS, o que motivou a greve. A reunião entre o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região e o representante do investidor está marcada para o dia 8 de novembro.
Na assembleia, os trabalhadores definiram as seguintes exigências para encerrar a greve:
- Pagamento integral dos salários e das multas;
- Retorno imediato do plano de saúde para todos os funcionários;
- Compromisso de permanência por, no mínimo, 10 anos na região, em acordo a ser assinado com os governos federal, estadual e municipal, o Sindicato e o Ministério Público Federal;
- Divulgação detalhada dos valores devidos a cada trabalhador;
- Estabilidade no emprego por um ano para todos os funcionários.
Sindicato e Soberania Nacional
O Sindicato continua a defender a estatização da Avibras sob o controle dos trabalhadores, mas frente à atual possibilidade de venda, considera uma empresa nacional um risco menor para a soberania do país. “Seja qual for o investidor, exigimos que todas as reivindicações dos trabalhadores sejam atendidas”, afirmou o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves, destacando que qualquer venda deve priorizar os direitos dos trabalhadores e a transparência no processo.
Fonte: sindmetalsjc.org.br
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