O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos intensificou nesta semana as cobranças ao governo federal por medidas concretas que garantam a sobrevivência da Avibras, uma das principais indústrias de defesa do país, localizada no Vale do Paraíba.
Entre segunda (6) e terça-feira (7), representantes da entidade participaram de reuniões em Brasília com integrantes dos ministérios da Defesa, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e do Trabalho, exigindo ações imediatas diante da crise financeira enfrentada pela empresa — que acumula 31 meses de salários atrasados e ameaça o emprego de 1.400 trabalhadores.
Durante os encontros, o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves, relatou a gravidade da situação e alertou para o risco de o Brasil perder uma referência estratégica na produção de tecnologia bélica.
A Secretaria de Produtos de Defesa, vinculada ao Ministério da Defesa, informou que está em análise a assinatura de novos contratos com a Avibras para fornecimento de equipamentos ao Exército Brasileiro. A reunião contou com a presença do tenente-brigadeiro Heraldo Luiz Rodrigues, secretário da pasta.
Já o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços, Uallace Moreira Lima, afirmou que o governo deve apresentar até o fim de outubro uma resposta oficial sobre o aporte de recursos para a companhia. O encontro também teve a participação do secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego, Francisco Macena da Silva.
Segundo o Sindicato, o governo federal havia prometido liberar investimentos na Avibras após a mudança no controle acionário da empresa, mas os recursos ainda não chegaram.
“Mostramos ao governo o tamanho da crise vivida pelos trabalhadores da Avibras. O presidente Lula não pode ignorar essa situação. É uma questão de soberania nacional”, destacou Weller Gonçalves.
Apoio parlamentar e novas reuniões
Em Brasília, os dirigentes também se reuniram com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), autor do projeto de lei que propõe a estatização da Avibras. O Sindicato pediu ao parlamentar que cobre do governo a liberação dos recursos emergenciais enquanto o texto aguarda votação na Câmara.
Na semana anterior, representantes sindicais já haviam se reunido no Rio de Janeiro com técnicos da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), reforçando a busca por alternativas que garantam a retomada das atividades da empresa.
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