Pindamonhangaba enfrenta maior seca em 10 anos e Prefeitura alerta para riscos à saúde e queimadas

O município de Pindamonhangaba enfrenta o período mais seco da última década, com registro de apenas 492 milímetros de chuva entre janeiro e julho de 2025, segundo levantamento da Defesa Civil. Este é o menor índice pluviométrico desde 2015, o que acende um sinal de alerta para os impactos na saúde da população e o aumento no número de queimadas.

Saúde em foco: cuidados com a baixa umidade

Com o clima seco, a Secretaria Municipal de Saúde emitiu recomendações à população para minimizar os efeitos da baixa umidade do ar, que podem provocar doenças respiratórias, crises alérgicas e até problemas circulatórios e oculares.

Veja as orientações:

• Beba água regularmente, mesmo sem sentir sede;

• Evite exercícios físicos ao ar livre entre 10h e 16h;

• Use soro fisiológico no nariz e nos olhos;

• Prefira frutas ricas em líquidos, como melancia, melão e laranja;

• Mantenha os ambientes limpos e arejados com panos úmidos;

• Utilize vaporizadores ou bacias com água nos ambientes internos.

Além da desidratação, a poluição, poeira e pelos de animais permanecem mais tempo no ar, o que favorece o surgimento de doenças como asma, rinite, conjuntivite e infecções respiratórias.

Queimadas preocupam autoridades

A Defesa Civil de Pindamonhangaba também reforça o alerta sobre o aumento do número de queimadas urbanas e florestais. A população é orientada a não queimar folhas, resíduos ou lixo em terrenos ou vias públicas — prática proibida por lei e considerada crime ambiental.

🚫 Não jogue bitucas de cigarro ou fósforos acesos às margens das estradas.
🚒 Em caso de incêndios, acione o Corpo de Bombeiros (193) ou a Defesa Civil (199).

O diretor da Defesa Civil, Michel Cassiano, alertou:

“Durante os períodos de estiagem a nossa atenção deve ser redobrada. Queimadas são crimes ambientais e podem render pena de até 4 anos de prisão, além de multa.”

Período crítico da campanha “São Paulo Sem Fogo”

Pindamonhangaba integra a operação estadual ‘São Paulo Sem Fogo’, que vive sua fase mais crítica entre os meses de junho e outubro. Segundo a Defesa Civil, nove em cada dez incêndios têm origem humana, principalmente por limpeza de terrenos ou descarte irregular de lixo.

Denúncias podem ser feitas com sigilo

A Prefeitura incentiva que denúncias de queimadas sejam feitas, com imagens comprobatórias, por meio do sistema Protocolo Digital 1Doc ou pelo aplicativo e-Ouve, da Ouvidoria Municipal. O anonimato do denunciante é garantido.

Na última semana, equipes da Defesa Civil realizaram ações de conscientização no centro da cidade, alertando moradores sobre os riscos e reforçando o chamado à colaboração da população.

Comparativo do índice pluviométrico (em milímetros)

Fonte: PMP

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