Em São Sebastião, a Patrulha Maria da Penha, braço da Polícia Municipal voltado à proteção das mulheres, acompanha atualmente 122 medidas protetivas contra violência doméstica e familiar. Entre janeiro e julho de 2025, foram realizados 1.064 atendimentos às vítimas cadastradas conforme determinação judicial.
Desde 2016, a patrulha contabiliza 76 prisões relacionadas a crimes contra mulheres e já realizou mais de 6 mil atendimentos e acompanhamentos de medidas protetivas.
A policial municipal Liliana Granato Bedrossian Sobral, responsável pela equipe, explica que as rondas são feitas de três a quatro vezes ao mês nas residências das vítimas, além dos atendimentos via telefone e WhatsApp. Muitas delas contam com o botão de pânico, que ao ser acionado envia um alerta imediato ao Centro de Operações Integradas (COI), mobilizando rapidamente uma viatura para o local.
Liliana destaca a importância da denúncia:
“A justiça encaminha os nomes das pessoas que precisam da medida protetiva, por isso, é fundamental que a vítima procure a Delegacia de Defesa da Mulher, o fórum ou as redes de apoio para solicitar proteção.”
Novo perfil: divórcios cinza
Após a pandemia, um novo perfil de mulheres passou a buscar a proteção da lei Maria da Penha: pessoas com mais de 50 anos, que enfrentam os chamados “divórcios cinza”. Segundo dados do IBGE, cerca de 30% dos divórcios registrados no país nos últimos anos são dessa faixa etária. Muitas dessas mulheres já têm filhos adultos e buscam romper ciclos de agressão.
Ameaças nem sempre são visíveis
A policial lembra que nem toda ameaça deixa marcas físicas. As violências psicológica e patrimonial são igualmente prejudiciais e causam danos profundos.
Um caso recente é o de C.S.A., 44 anos, que está sob medida protetiva contra seu companheiro com quem esteve por 11 anos. Ela relata agressões verbais, racismo e humilhações, além de sofrer com o impacto emocional que quase a levou ao suicídio. Após recorrer à justiça, conseguiu a proteção e hoje conta com o apoio da Patrulha Maria da Penha para romper o ciclo de violência.
“Não quero que minha filha de 14 anos passe por isso. São Sebastião tem uma rede de apoio muito boa e sei que vou conseguir seguir em frente”, afirmou.
Fonte: PMSS
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