Metalúrgicos da Embraer em São José dos Campos rejeitam proposta e aprovam aviso de greve

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Foto: Cristiane Cunha

Os trabalhadores da Embraer, em São José dos Campos, rejeitaram nesta terça-feira (9) a proposta patronal apresentada na Campanha Salarial e aprovaram um aviso de greve. A decisão foi tomada em assembleia organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas, realizada na entrada do primeiro turno da fábrica, com participação de cerca de 2 mil funcionários.

Com a aprovação do aviso, a Embraer está oficialmente informada de que os trabalhadores podem parar a produção caso não haja avanços nas negociações conduzidas entre o Sindicato e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que representa a empresa e o setor aeronáutico.

⚖️ Impasse nas negociações

O principal ponto de divergência é a estabilidade no emprego para metalúrgicos que se lesionarem em decorrência de doenças ou acidentes ocupacionais.

  • A convenção coletiva de 2017 garantia estabilidade até a aposentadoria para esses casos.

  • Desde 2018, a Embraer propõe reduzir o período de estabilidade para 21 meses em casos de doenças e 60 meses em acidentes de trabalho.

Além da manutenção dos direitos, os trabalhadores reivindicam reajuste salarial com aumento real.

A próxima rodada de negociação entre o Sindicato e a Fiesp está marcada para o dia 15 de setembro. Caso a proposta patronal seja mantida, a categoria pode deflagrar greve.

📌 Assembleia geral no sábado

No sábado (13), às 9h, os metalúrgicos realizam uma assembleia geral na sede do Sindicato, localizada na Rua Maurício Diamante, 65, Centro de São José dos Campos. No encontro, serão discutidas novas propostas apresentadas por diferentes setores, incluindo o aeronáutico.

O diretor sindical Herbert Claros reforçou que a mobilização continuará firme:

“Nada justifica a postura da Embraer em retirar direitos de trabalhadores que perderam a saúde na fábrica. A empresa recebe financiamentos bilionários do BNDES, alcançou um lucro de R$ 675 milhões no segundo trimestre de 2025 e segue em crescimento. Os trabalhadores já deixaram o recado: sem direitos, não haverá produção”.

Fonte: sindmetalsjc.org.br/

Foto: Cristiane Cunha

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