A Prefeitura de Jacareí anunciou nesta terça-feira (3) que enfrenta uma crise financeira severa, com dívidas que somam R$ 56,6 milhões. Os valores abrangem áreas essenciais como saúde, previdência, coleta de lixo e transporte público.
Principais credores e valores:
- Instituto de Previdência do Município de Jacareí (IPMJ): R$ 27.851.718
- Fornecedores: R$ 13.147.050
- Concessão Ambiental (coleta de lixo e manutenção da cidade): R$ 5.156.395
- SHA (alimentação): R$ 6.007.705
- EDP (energia): R$ 2.125.600
- JTU (transporte público): R$ 1.519.000
- SAMU (saúde): R$ 885.109
Situação crítica em serviços essenciais
A dívida com a Concessão Ambiental, responsável pela coleta de lixo, resultou em paralisações recentes dos coletores devido ao atraso no pagamento de benefícios. Apesar disso, a expectativa é que os serviços sejam retomados ainda hoje.
Na área da saúde, o município deve R$ 885 mil ao Samu, referentes aos meses de outubro e novembro. O pagamento de R$ 590 mil para a parcela de dezembro vence ainda nesta terça-feira. A Prefeitura já propôs parcelar a dívida para 2025, mas aguarda resposta do consórcio responsável pelo serviço.
Medidas de ajuste
Desde outubro, a Prefeitura implementou um pacote de ajustes financeiros, incluindo:
- Redução do horário de atendimento em repartições públicas.
- Diminuição da carga horária de funcionários em serviços não essenciais para 6 horas diárias.
- Suspensão de vale-refeição para professores durante o recesso escolar, a partir de 16 de dezembro.
- Suspensão de obras com recursos municipais.
Segundo o prefeito Izaias Santana, a gestão está focada em minimizar os débitos antes do término do mandato, com a meta de reduzir a dívida para menos de R$ 50 milhões até 2025, quando o prefeito eleito, Celso Florêncio (PL), assumirá a administração.
Impacto nos serviços e população
Essas medidas têm gerado impactos diretos nos serviços oferecidos à população, como a redução das oficinas culturais e o funcionamento do Atende Bem. A gestão atual justificou a contenção como necessária para evitar agravamento da crise financeira e garantir o funcionamento dos serviços essenciais.
Apesar dos ajustes, a situação financeira segue como um desafio para a próxima administração, que terá que lidar com um cenário de restrições orçamentárias e dívidas acumuladas.
Fonte: g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/

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