O empreendedor Lucas Guimarães e Souza, 30 anos, de São José dos Campos, foi um dos vencedores da terceira edição do Innovators Under 35, promovida pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), considerada uma das instituições mais renomadas em tecnologia do mundo.
Mestre e doutorando pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Lucas recebeu o prêmio no dia 14 de agosto, durante o Rio Innovation Week, ao lado de outros 17 jovens brasileiros. Nesta edição, a premiação recebeu mais de 3.000 inscrições, reconhecendo iniciativas de jovens empreendedores que desenvolvem soluções capazes de transformar o mercado e a sociedade.
“Foi uma grande honra receber esse prêmio. Mais do que um título, é um incentivo para continuarmos acreditando que a tecnologia pode transformar realidades e melhorar a vida das pessoas”, disse Lucas, lembrando que o reconhecimento já foi concedido a nomes como Mark Zuckerberg (Meta) e Larry Page (Google) em suas fases iniciais.
Volitan: o “barco voador” da Amazônia
Natural de Manaus, onde cursou engenharia mecânica, Lucas mudou-se para São José dos Campos em 2018 para ingressar no mestrado em engenharia aeronáutica no ITA. Com foco nos desafios logísticos da Amazônia, ele fundou, junto com Felipe Bortolete e Túlio Duarte, a AeroRiver, startup que desenvolve o Volitan — apelidado de “barco voador”.
O Volitan se desloca a cerca de 5 metros da superfície, aproveitando o efeito solo, que reduz a resistência do ar e aumenta a eficiência do voo. Com capacidade para 10 passageiros ou uma tonelada de carga, o veículo pode atingir até 150 km/h e operar durante todo o ano, incluindo períodos de seca. O objetivo é integrar comunidades isoladas, oferecendo transporte rápido, seguro e sustentável, com acesso contínuo a serviços essenciais como saúde e educação.
Sustentabilidade e inovação
O Volitan também apresenta vantagens ambientais, emitindo até 40% menos CO₂ que aeronaves convencionais e dispensando a abertura de estradas, contribuindo para a preservação da floresta e o combate às mudanças climáticas.
Com o protótipo funcional já desenvolvido e apoio de programas como o FINEP Aviação Sustentável, a AeroRiver prepara a construção do modelo em escala real, com início das operações comerciais previsto para 2026. Apesar do foco na Amazônia, a empresa manterá sua base em São José dos Campos, referência em tecnologia aeronáutica no país.
Fonte: PMSJC
Foto: Claudio Vieira/PMSJC
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