Lei reconhece 85 anos de história da tradicional banda, que marcou gerações na cidade e no Vale do Paraíba
A Corporação Musical de Jacareí agora é oficialmente reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do município. O reconhecimento foi sancionado por meio da Lei nº 6.738/2025, publicada no Boletim Oficial da última sexta-feira (13/06), e reforça a importância histórica e cultural da banda para a cidade.
A legislação autoriza o registro da corporação como bem imaterial pelo CODEPAC (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural), valorizando o legado da tradicional banda, cujas raízes remontam à década de 1940, com a fundação da antiga Sociedade Musical “União Operária”.
🏛️ Memória viva da música jacareiense
Para a presidente da Fundação Cultural de Jacarehy, Juliane Guedes, a iniciativa resgata e valoriza a memória da cidade:
“Tornar a Corporação Musical de Jacareí patrimônio imaterial é reconhecer e valorizar merecidamente os talentos da nossa terra e toda a trajetória construída por esses músicos ao longo dos 85 anos de história e trabalho”, destacou.
📜 Uma trajetória marcada por tradição e superação
Fundada em 1940 por idealizadores como Francisco Lima Sobrinho, Angelo Fioravante Rizzioli, José Benedito da Silva, José Emiliano Leite e Francisco Leite da Silva Junior, a banda nasceu em um período em que o repertório incluía dobrados, maxixes e valsas.
Com o tempo, o grupo se tornou presença marcante em eventos religiosos como procissões da Semana Santa e do Dia da Padroeira, além de festas juninas, apresentações em casas de repouso e convites para eventos em cidades como Campos do Jordão, Aparecida e Americana.
Durante os anos 1970, a corporação viveu seu auge, com a gravação de três LPs e um CD, além da vitória no XVII Campeonato Nacional de Fanfarras e Bandas, em 1973. A partir dos anos 1980, no entanto, o grupo enfrentou dificuldades financeiras, interrompendo as atividades nos anos 1990. O retorno ocorreu em 2019, resgatando parte de sua história.
Fonte: PMJ
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