A Câmara Municipal de Campos do Jordão aprovou, por ampla maioria, a regulamentação da Taxa de Preservação Ambiental (TPAM). O projeto, que estava previsto no Código Tributário desde 2019, recebeu nove votos favoráveis e três contrários na sessão realizada neste mês.
A nova lei define a cobrança de veículos com placas de outros municípios que ingressarem na cidade, com o objetivo de destinar recursos à preservação ambiental e à manutenção da infraestrutura turística. A expectativa inicial é arrecadar cerca de R$ 30 milhões por ano, valor considerado essencial para garantir a sustentabilidade do turismo local.
Como será a cobrança
O valor da taxa será calculado em Unidades Fiscais Jordanenses (UFJs), hoje fixadas em R$ 6,67. O pagamento ocorrerá uma vez por dia de permanência do veículo na cidade. Veja como ficam as tarifas:
-
Motocicletas, motonetas, triciclos e quadriciclos: 1 UFJ (R$ 6,67)
-
Automóveis: 2 UFJs (R$ 13,34)
-
Caminhonetes: 3 UFJs (R$ 20,01)
-
Vans: 7,5 UFJs (R$ 50,02)
-
Micro-ônibus: 15 UFJs (R$ 100,05)
-
Ônibus: 25 UFJs (R$ 166,75)
-
Caminhões: 6 UFJs até 4 eixos (R$ 40,02) + 2 UFJs adicionais por eixo extra
Quem ficará isento
Além dos moradores locais, veículos licenciados em Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, Piranguçu, Brasópolis, Venceslau Brás, Guaratinguetá, Paraísópolis, Itajubá e Pindamonhangaba não pagarão a taxa.
Também estão isentos trabalhadores que residem fora da cidade, turistas com casas de veraneio (mediante comprovação com IPTU ou contas de serviços), pessoas com deficiência, autistas e veículos em trânsito.
Destinação dos recursos
Os recursos arrecadados com a TPAM terão aplicação obrigatória em nove áreas, incluindo:
-
preservação de ecossistemas;
-
manutenção de locais turísticos;
-
saneamento e limpeza pública;
-
bem-estar animal;
-
projetos de educação ambiental;
-
ações contra enchentes e deslizamentos.
Pelo menos 10% da arrecadação será destinada para reduzir a taxa de lixo paga pela população, além de outros 10% para projetos de universalização de água potável e rede de esgoto.
Fiscalização e próximos passos
Um conselho com 11 membros, formado por representantes do Legislativo, Executivo e sociedade civil, será responsável por fiscalizar a aplicação dos recursos.
A secretária municipal de Meio Ambiente, Denise Maria Mota Góes, destacou que as emendas aprovadas fortalecem o caráter ambiental do projeto. Agora, o texto segue para sanção do prefeito Carlos Eduardo Pereira da Silva (Caê), que terá até 15 dias para oficializar a lei. A previsão é que a cobrança comece no segundo semestre de 2026, após licitação para escolha da empresa que implantará o sistema.
Quer saber mais sobre o Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira?
Acesse www.TodoVale.com.br e fique por dentro das boas notícias da nossa região.
📰 Todo Vale — porque a vida também é feita de boas notícias!
MATERIAS RELACIONADAS
São José dos Campos sedia CBAU 2025 após reconhecimento internacional
Roseira disputa prêmio Top Destinos Turísticos 2025 na categoria Turismo Religioso
Defesa Civil e Corpo de Bombeiros combatem incêndio em área central de São José dos Campos