Caçadores são flagrados com armas e armadilhas em área protegida de Caraguatatuba

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Imagem/Polícia Militar Ambiental

Uma operação do Grupamento Tático da Polícia Militar Ambiental flagrou, no dia 19 de junho, caçadores em atividade ilegal dentro do Parque Estadual da Serra do Mar, em Caraguatatuba, no litoral norte paulista. Os agentes encontraram armas, munições, armadilhas e até restos de animais silvestres abatidos no interior da Unidade de Conservação.

A ação foi desencadeada após uma denúncia anônima sobre caça ilegal na região. Para investigar a informação, os policiais realizaram uma longa incursão a pé por uma trilha em mata fechada, caminhando por cerca de oito horas até alcançar o local suspeito.

Armas enterradas e caçadores em ação

Durante o patrulhamento, uma espingarda calibre .32 foi encontrada enterrada dentro de um tubo de PVC às margens da trilha. Nas proximidades, os policiais localizaram uma casa simples, onde munições foram entregues voluntariamente por um dos moradores.

Pouco depois, um segundo suspeito foi flagrado na trilha carregando uma espingarda carregada, mochila com munições, lanternas e roupas camufladas. Ele confessou estar retornando de um rancho que havia construído clandestinamente dentro do parque para a prática de caça.

O rancho foi encontrado após mais três horas de caminhada. No local, os policiais identificaram dois “canhãozinhos” — armadilhas rudimentares usadas para matar animais — e os restos de um quati (Nasua nasua) abatido: a cabeça e dois rabos do animal estavam no local.

Penalidades e apreensões

A estrutura do rancho foi destruída no próprio local, conforme prevê a legislação ambiental, por risco de reutilização e dificuldade de remoção.

Foram apreendidos:

  • 2 espingardas (calibres .32 e .24)

  • 37 munições de calibres variados

  • 2 armadilhas tipo “canhãozinho”

  • 1 porção de maconha (28,19g)

  • Equipamentos diversos (motosserra, roçadeiras, lanternas, estilingue, facão, celulares e dinheiro)

  • Restos mortais do animal silvestre

Na esfera administrativa, foi aplicado um Auto de Infração Ambiental no valor de R$ 2.000,00, dobrado por se tratar de crime dentro de uma Unidade de Conservação.

Na esfera penal, os suspeitos responderão por:

  • Porte e posse ilegal de arma de fogo (Lei 10.826/03)

  • Crimes ambientais (Lei 9.605/98)

  • Posse de entorpecente (Lei 11.343/06)

A ocorrência foi registrada no Distrito Policial Central de Caraguatatuba. Parte do material foi encaminhada para perícia, e os restos do animal abatido serão analisados por especialistas.

Fonte: tamoiosnews.com.br//

Imagem/Polícia Militar Ambiental

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